É notório que atualmente o homem desenvolveu técnicas avançadas para a construção civil, entre elas a utilização de novos métodos de execução e utilização de novos materiais. Oriundo disto, a construção civil é um campo que gera muitos resíduos, portanto a destinação correta para tais elementos é de extrema importância para o meio ambiente e, consequentemente, para o ser humano.

São identificados em uma edificação os mais diversos tipos de materiais construtivos que temos no mercado. Todas as obras de pequeno e grande porte geram impactos, podendo-se destacar: desperdício (mau aproveitamento dos materiais), consumo de recursos naturais, proliferação de vetores, contaminação do solo, supressão de vegetação, entre outros.

Geralmente a limpeza de uma construção é efetuada após o término de uma determinada fase construtiva, e os resíduos provenientes desta, devem ser encaminhados para áreas de aterros, sistema de destruição por coprocessamento e reciclagem, podendo ser resíduos de madeira, de instalações elétricas e hidrossanitárias, como telhas, tijolos, etc. Em obras de grande porte, como em rodovias, portos e ferrovias, podem ser gerados resíduos diferentes de uma edificação, porém muitos podem passar por processos de reciclagem, como por exemplo os restos de pavimentos.

No que se diz respeito ao gerenciamento dos resíduos, dependendo do volume gerado, deve-se instalar uma central de resíduos na obra, destinada a gerência e armazenamento dos mesmos. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, a NBR 10004 de 2004, classifica os resíduos em perigosos e não perigosos. E a Resolução nº 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA classifica os resíduos da construção civil em classe A, que são os reutilizáveis ou recicláveis como agregados; classe B, resíduos recicláveis para outras destinações; classe C, resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias economicamente viáveis que permitam sua reciclagem; e classe D, resíduos perigosos oriundos do processo de construção.

O reaproveitamento de resíduos provenientes da construção civil pode ser uma forma de gerar economia em um empreendimento. É importante ter em mente que não se deve pensar primeiro na reutilização dos resíduos, mas na diminuição da geração deste, introduzindo processos construtivos eficientes, que possam ainda auxiliar no bom andamento da obra, eliminando qualquer tipo de retrabalho, e inserindo a organização na obra.

Os resíduos, depois de receberem os devidos tratamentos, ou seja, a empresa faz a coleta nas obras e posteriormente a triagem dos resíduos, separando entulhos, madeiras, embalagens de materiais, entre outros, são triturados, geralmente em britadores, podendo ser novamente utilizados na construção como um agregado na confecção de argamassa e concreto (com função não estrutural), assentamento de pisos e até mesmo para a confecção de pavimentos.

É imprescindível que existam instalações de coleta de resíduos sólidos em todos os tipos de obras e que seja estudada uma forma de destinação apropriada para cada tipo de resíduo. A mudança nos conceitos construtivos existentes e a busca de soluções diferenciadas e mais sustentáveis é o caminho certo para que se possa reduzir a geração de resíduos, e consequentemente, minimizar os impactos ambientais.

 

LUCAS DE OLIVEIRA DIAS: Acadêmico do curso de Engenharia Civil da UNIFEBE. E-mail: dias.lucas.dias@hotmail.com

FLAVIO DELIPE DALPRÁ: Acadêmico do curso de Engenharia Civil da UNIFEBE. E-mail: flavio.felipe_nt@hotmail.com

MALUCI NORILLER: Acadêmica do curso de Engenharia Civil da UNIFEBE.E-mail: maluas999@email.com.br

TAMILY ROEDEL: Professora orientadora. Ma.
E-mail: tamily.roedel@unifebe.edu.br