Um grupo de agentes de saúde do município lotou o auditório do plenário da Câmara Municipal na sessão de terça-feira, 15 de outubro. Eles reivindicam que seja desfeita a medida anunciada pelo Executivo, que institui a obrigatoriedade do registro do ponto quatro vezes ao dia.
Os agentes trabalham fazendo visitas de casa em casa, no bairro em que são designados. Até o momento, eles estavam dispensados de registrar o ponto no intervalo de almoço, entre 12h e 13h. Eles alegam que, ao precisar retornar à unidade de Saúde para fazer o registro no cartão ponto, perderão muito tempo e deixarão de atender algumas pessoas.
O vereador Celso Emydio da Silva (PSD) afirma que o cartão ponto é um ‘aspecto burocrático que atrapalha o trabalho dos agentes’. “Quem não conhece o trabalho do agente comunitário, que acompanhe o dia e vá passar o dia andando com ele”, critica.
Moacir Giraldi (PT do B) apresentou – verbalmente – requerimento para que a Câmara envie ao Executivo pedido para que a obrigatoriedade do registro do ponto não seja adotada imediatamente. No entanto, o presidente da Casa, Guilherme Marchewsky (PMDB), determinou que o requerimento seja apresentado por escrito, na próxima sessão.
Marli Leandro (PT) ressalta que o registro do ponto é uma garantia para o trabalhador. “Como ele vai provar sua carga horária e o intervalo de repouso, se ele não bate o cartão?”, disse. Por outro lado, a vereadora ressalta que o trabalho dos agentes de saúde é “diferenciado, e, sem sombra de dúvida, é preciso encontrar alguma alternativa para contornar esse problema”. Ela se comprometeu a discutir com o Executivo uma forma de chegar a um consenso entre a Secretaria de Saúde e os agentes.
A secretária da pasta, no entanto, é enfática. O registro do ponto será obrigatório. “Precisamos desse controle, precisamos dar à população a garantia de que os agentes estão trabalhando, e sem o ponto, não há como fazer”, disse. Cida ressalta também que o registro do ponto durante o intervalo é necessário também por questões legais. “em caso de acidentes, por exemplo, a pessoa pode comprovar que estava trabalhando e receber os direitos”, explica.