Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - padreadilson@omunicipio.com.br

Quinta-feira Santa – Início do Tríduo Pascal

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - padreadilson@omunicipio.com.br

Quinta-feira Santa – Início do Tríduo Pascal

Pe. Adilson José Colombi

A Quinta-feira Santa é o começo do Tríduo Pascal. Jesus, no Cenáculo, como Mestre dá as últimas orientações para entrar em seu discipulado e como perseverar nele. O evangelista João relata que, após lavar e enxugar os pés dos discípulos, Jesus disse: “Vocês me chamam Mestre e Senhor e eu o sou. Se eu lhes lavei os pés, vocês devem lavar os pés também uns dos outros” (Cf. Jo 13, 12-14). Jesus se faz servo e propõe aos discípulos a prática do amor serviçal. Está aí o fundamento último de todas as atitudes do discípulo que quer, de verdade, seguir o Mestre Jesus.

A liturgia da noite de Quinta-feira Santa celebra a instituição da Eucaristia. Após a celebração eucarística, o pão consagrado é transferido (Transladação) para um altar lateral da igreja, diante do qual os fiéis fazem vigília, acompanhando Jesus na noite de sua prisão e agonia. A simplicidade e o silêncio do pão eucarístico envolvem o mistério da presença de Cristo ressuscitado na comunidade.

A Sexta-feira Santa, ou da Paixão, é o dia mais celebrado na devoção popular. Via-sacra encenada, procissão do Senhor morto, procissão do encontro mobilizam o sentimento, a devoção e a fé do povo.

A Igreja se reveste de um silêncio reverente diante da paixão do Senhor. Jesus poderia ter agido bem diferente, sem passar por tudo o que já sabemos. Todavia, quis provar seu amor e sua solidariedade, passando por tudo o que nós passamos: a dor e a morte.

Essa é a loucura da cruz de que fala o apóstolo Paulo. Uma pessoa apaixonada faz qualquer loucura e não mede sacrifícios e riscos para agradar o ser amado. É o que Deus fez por nós. A Cruz é o símbolo desta entrega, do dom total da vida.

A Vigília Pascal é o rito mais longo do Ano Litúrgico e também mais importante por proclamar solenemente a Ressurreição de Cristo, fundamento da fé. Por isso, neste dia, faz-se a renovação das Promessas do Batismo e a Ceia Eucarística, na qual o Irmão Ressuscitado reúne seus irmãos e irmãs na partilha do pão, na qual todos os que foram libertados e recriados são chamados à mesa, como filhos e filhas de Deus e irmãos (ãs) do Filho Primogênito que, ao abrir a porta do túmulo, franqueou para todos as portas da casa do Pai.

Domingo da Ressurreição: A Ressurreição de Jesus é o ponto culminante da Semana Santa e do Ano Litúrgico. A fé cristã nos assegura que a meta da vida é a ressurreição.

Com a ressurreição, Deus completa, por seu amor, aquilo que ainda nos faltava para sermos discípulos de Jesus e alcançarmos a santidade. Deus nos dá de presente aquilo que nós não fomos capazes conquistar por nossas próprias forças. E esse presente é a salvação, obtida para nós pela morte de Jesus. O que nos cabe na morte é aceitar o amor e deixar que ele nos transforme e nos faça santos (as) como Deus deseja.

O discípulo (a) missionário (a) do Senhor Jesus, em todos os anos renova, vivendo a espiritualidade da Semana Santa, a escolha que fez de seguir o Mestre até fim, buscando conservar e aperfeiçoar a vida nova, seguindo o Mestre Jesus.

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