Encontro tira dúvidas sobre adoção em Brusque
Reunião aconteceu na noite dessa terça-feira, 2, e contou com a presença do Juiz-Corregedor do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, Alexandre Karazawa Takaschima
Reunião aconteceu na noite dessa terça-feira, 2, e contou com a presença do Juiz-Corregedor do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, Alexandre Karazawa Takaschima
Os problemas referentes à adoção na Comarca de Brusque foram discutidos na noite de ontem, na Câmara de Vereadores, durante reunião com o Juiz-Corregedor do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, Alexandre Karazawa Takaschima.
O encontro foi uma iniciativa do Grupo de Estudos e Apoio à Adoção da Comarca de Brusque (Geaabq) com o objetivo de tirar as dúvidas das famílias pretendentes sobre as regras da adoção legal no país.
“Geralmente, o que se refere à adoção tudo é feito em segredo de justiça e nós temos essa expectativa do andamento das coisas, estamos preocupados com a situação e queremos nos inteirar do que está acontecendo”, diz o presidente do grupo, Nestor Gasparoto.
Alexandre Takaschima avaliou o encontro como positivo. Para ele, o assunto adoção ainda é um tabu na sociedade e precisa ser discutido com mais atenção. “Temos que começar a quebrar barreiras, não podemos ficar discutindo adoção só dentro do fórum, é preciso discutir com a comunidade, que é a mais interessada no assunto”.
Ele destaca a iniciativa do grupo em avaliar os pontos fortes e fracos da adoção na Comarca e buscar melhorar e desenvolver cada um deles. “Saber os pontos fortes e fracos aqui de Brusque e região na questão da adoção, o que está funcionando e o que pode melhorar, essa construção que tentamos fazer nesta noite e que deve ser uma ação contínua”.
Gasparoto afirma que o grupo está preocupado com a situação das crianças em Brusque. “Conversamos com o Conselho Tutelar e ficamos sabendo da situação de vulnerabilidade de muitas crianças e adolescentes em Brusque, crianças que sofrem violência e acabam voltando para casa, enquanto há centenas de casais na fila esperando há anos. Essas questões que procuramos entender durante este encontro”.
Outro ponto importante discutido na reunião foi a falta de juiz titular na Vara da Infância e Juventude da Comarca há dois anos. “Realmente, esta é uma situação que preocupa. Estamos há dois anos sem titular, trabalhando apenas com juízes substitutos que ficam por algum tempo e logo vão embora, com isso, não temos continuidade nos processos e gera uma situação ainda mais complicada”, analisa Takaschima.
De acordo com ele, a previsão é que Brusque receba um novo juiz titular em novembro. “A definição está para sair ainda neste mês e a vinda do profissional deve acontecer depois das eleições”.
Faça legal
Takaschima destacou ainda a iniciativa do grupo de apoio no projeto “Faça Legal”,cartilha de orientação para auxiliar pretendentes nos trâmites da adoção legal. “Fico feliz com essa iniciativa que o grupo está fazendo, em não se conformar com a situação vivida, e ainda fazer um trabalho de orientação para a sociedade. A mudança se faz com ação”.