Corretores e imobiliárias fazem reivindicações ao prefeito de Brusque
Ofícios com demandas foram protocolados na Câmara e na prefeitura
O prefeito de Brusque, Jonas Oscar Paegle, participou de um encontro do Núcleo de Corretores e Imobiliárias da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr) no dia 13 deste mês. Na oportunidade foram apresentados alguns pedidos que, nesta semana, se transformaram em ofícios, protocolados hoje, 23 de março, na prefeitura e na Câmara Municipal.
“O prefeito ouviu nossas reivindicações e sugeriu que fosse apresentado este documento ao poder público. Já nos adiantou, inclusive, que tem possibilidade de atender alguns pedidos. Nós entendemos que, quando trabalhamos juntos, a sociedade ganha”, afirma o coordenador do Núcleo de Corretores e Imobiliárias, Horst Heinig, que também é delegado do Creci e secretário do Conselho Estadual de Núcleos de Imobiliárias de Santa Catarina (Cenisc).
Segundo ele, a principal reivindicação é sobre a demora da emissão da guia do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). Em alguns protocolos entregues pela prefeitura, o prazo chega a ser até de 30 dias.
No ofício encaminhado, o Núcleo solicita que esta emissão seja imediata ou aconteça, no máximo, em 48 horas. “Existem negociações que só se concretizam após a liberação da escritura e, com essa demora, o comprador pode desistir no negócio”, observa Heinig.
Outro pedido é para que o Núcleo de Corretores e Imobiliárias de Brusque possa integrar a equipe da prefeitura responsável pela avaliação de imóveis. Quando se paga o IPTU, por exemplo, é possível encontrar certas discrepâncias de avaliação: alguns imóveis extrapolam o valor, enquanto outros pagam abaixo do que é justo.
“O corretor faz um curso de avaliação de imóveis, trabalha na área, tem esta experiência de mercado. Por essa razão, é capaz de avaliar corretamente”, ressalta Heinig. Hoje, a estimativa é de que 30 escrituras tramitem por dia no setor responsável da prefeitura.
O guichê exclusivo para atendimento de corretores e imobiliárias também foi pauta do encontro. Segundo o coordenador do Núcleo, o benefício foi conquistado em gestões anteriores, mas se desvirtuou do objetivo inicial, passando a atender também engenheiros, arquitetos e demais profissionais não autorizados.
“Nós usamos muito este serviço e não podemos passar uma tarde inteira esperando para pagar uma consulta de viabilidade. Por isso mesmo, conseguimos o guichê em gestões anteriores, que agora também é usado por outras pessoas. Nossa reivindicação é que seja exigido o Creci, que é a identidade do corretor de imóveis”, salienta.
Mais reivindicações
Ainda sobre o ITBI, o Núcleo de Corretores e Imobiliárias de Brusque solicita que o valor seja revisto pela prefeitura. Hoje o pagamento está fixado em 2% e o pedido é que baixe para 1,5%. Atualmente, em uma compra de imóvel de R$ 300 mil, por exemplo, só o ITBI custará R$ 6 mil. Com a escritura, o valor pode chegar a R$ 10 mil.
Da mesma forma, representando as incorporadoras, é solicitada a isenção do IPTU. Hoje, quando o loteamento é integralizado, o incorporador tem a isenção do IPTU nos dois primeiros anos e paga 50% no terceiro ano. Os loteadores alegam, no entanto, que o negócio costuma demorar bem mais para se vender e, às vezes, chega à marca de cinco anos para total conclusão.
“Estamos nesta mudança de governo, desta vez legitimado pelo voto, e nós precisamos trabalhar para que se melhorem as condições do corretor de seguros e das imobiliárias da cidade”, completa Heinig.